O homem tem o poder de influenciar o meio. Como qualquer organismo.
Entretanto, uma vez que ele se sobressai frente às demais espécies, sua influencia é por si só mais impactante.
O homem tem deixado marcas. Muitas.
Uma destas marcas indeléveis é o plástico: seu uso e sua produção.
A próxima vez que você estiver fazendo compras e for carrega-las para casa numa bonita e delicada sacola plástica, reflita : você está propagando um tipo de poluente altamente nocivo capaz de manter-se por muito tempo de forma prejudicial no meio ambiente.
O plástico é um dos principais poluentes de nossa época. Pelo fato de ser uma substância não-biodegradável, composta de diversos produtos químicos tóxicos, este material polui a terra, o ar e água. Desconhece-se até hoje uma forma inofensiva ao meio-ambiente de descartar o plástico.
A matéria plástica causa sérios danos ao ambiente tanto durante sua produção como durante seu descarte. Assim, a única forma de reduzir os perigos do plastico é reduzir o uso de plástico e assim forçar a redução de sua produção.
O plástico exerce o papel de vilão desde sua produção. Os principais produtos químicos que são usados na manufatura do plástico são altamente tóxicos e apresentam-se como séria ameaça aos seres vivos de todas as espécies na terra. Alguns de seus constituintes tais como benzeno e vinil cloretos são conhecidos por causar câncer enquanto muitos outros apresentam-se como hidrocarbonetos gasosos e líquidos que contaminam terra e ar.
Resinas plásticas são inflamáveis e têm contribuído consideravelmente a aumento de diversos acidentes a eles relacionados no mundo inteiro. As substâncias lesivas emitidas durante a produção de plástico correspondem a substâncias químicas sintéticas tais como óxido de etileno, benzeno e xilenos. Além de afetarem severamente o meio ambiente, o qual já é por si só fragil, esses compostos podem causar uma série de enfermidades que abrangem desde doenças em recém-nascidos ou prematuros, cânceres, danos ao sistema nervoso, sistema imune, sistema hematopoiético e sistema renal. Muitas dessas substâncias tóxicas são também emitidas durante processos de "reciclagem" do plástico. Como no caso de todas as outras substâncias químicas, o descarte de plastico é uma lenda.
Uma vez produzido o plastico, o dano está feito para sempre. A matéria plastica resiste a qualquer processo de manipulação - seja através de reciclagem, derretimento ou aterramento. Quando recicla-se um composto nocivo, cria-se invariavelmente um outro composto nocivo. A reciclagem de um dejeto tóxico simplesmente coloca o material nocivo de volta ao mercado e eventualmente, ao meio-ambiente - não auxiliando em nada a redução do mesmo.
Como o plástico não está sujeito à decomposição bacteriana, o aterramento do plastico é inútil. Da mesma forma, o seu derretimento. Quando queimado, o plástico libera uma coleção de poluentes químicos no ar, incluindo dioxina, uma substância altamente tóxica. Além desses contratempos, estudos mostram que a reciclagem do plástico é um processo pouco econômico, sujo e demanda grande mão de obra. Ademais, processos de reciclagem estão associados a problemas respiratórios e epidérmicos, resultantes da exposição e inalação de fumaças tóxicas, especialmente hidrocarbonetos e resíduos liberados durante o processo.
Não bastasse o já mencionado, o plástico reciclado é inferior em qualidade obrigando a indústria a produzir mais plástico de melhor qualidade.
Como sabemos o lixo plástico entope os canais (artificiais ou naturais) e principalmente os sistemas de evacuação urbanos. O lixo plástico é jogado em mares e rios contaminando água,solos, vida marinha, e tambem o ar que respiramos. Tais aglomerados plásticos favorecem a proliferação de vetores de doenças transmitidas por insetos como os mosquitos. Quando aterrado, o plástico obstrui a proliferacao de raizes vegetais impedindo o pleno balanço bioquímico que estes elementos proporcionam à flora bacteriana do solo.
Viva a tecnologia! Viva o plástico!
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