domingo, 13 de abril de 2008

A ciência descobrindo novas espécies.

 
A ciênca caminha a passos largos.
 
 
Já acompanhei algumas empreitadas zoológicas de biólogos buscando caracterizar novas espécies, seus habitats e seu comportamento.
 
Invariavelmente, metiam-se na mata, esperavam por eles, gravavam-nos e.... caçavam-nos.
Coletados, eram sacrificados e guardados em conservantes contidos no interior de frascos de maionese.
Muitos frascos !
 
Engana-se quem pensa que isso acontecia com dois ou três espécimes uma vez por semestre.
Eventos como esses retornam ao "lab" com dezenas de animais mortos.
 
Mortos por biólogos sedentos por informação científica !!!!
 
(Dá-se o mesmo com outros pesquisadores sedentos por desvendar segredos da vida tais quais os explorados pela neurociência, pesquisa do câncer, AIDS, melhora dos transplantes de orgãos, fisiologia do esporte humano, etc, etc, etc - são macacos, cães, coelhos, aves, golfinhos, bovinos, camundongos, pombos, ratos e muitos outros bichinhos aos milhares).
 
Estes espécimes são antes fotografados vivos, claro, mortos, fotografados novamente, medidos com um paquímetro, suas vísceras são abertas, conteúdo estomacal ou uterino armazenado para futura análise, fluídos enviados para análises bioqímicas, etc, etc, etc.
 
Por uma questão de afronta, colegas meus sempre adoravam contar-me quantos animais (répteis, anfíbios, aves, pequenos mamíferos, peixes) haviam coletado e de como seu estudo era de vital importância para o estudo dos ecosssistemas considerados.
 
Enalteciam sempre algo como "Frank... tá uma maravilha lá em casa... 235 Bothrops só na Serra da Bocaina !!!"
 
Nada contra o estudo da zoologia e ecologia tropical (temperada, boreal, astral, whatever...).
Longe de mim opor-me ao avanço da Ciência!!!
 
Apenas tenho algumas dúvidas quanto ao método e ao inváriavel prazer sádico que pesquisadores de renome compatilhavam bondosamente comigo.
 
Morcegos, musaranhos, tatus, pererecas, lagartos, cobras, tartarugas, lambaris, pintassilgos....
 
A lista é extensa. Mas logo logo não será mais.
 

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